Mercado de HF aquecido cria ambiente favorável para irrigação
Um recente levantamento da área de hortaliças da ESALQ/USP, aponta que os custos dos insumos para este setor sinalizam para uma queda, o que pode permitir uma folga aos produtores. Soma a isto a volta do trabalho presencial o que eleva o consumo de alimentos fora de casa e a previsão de um plano safra com recursos favoráveis aos pequenos e médios produtores, conforme já anunciou o Governo Federal e está criado um ambiente favorável para que este segmento invista mais em tecnologias.
Segundo o especialista de suporte agronômico Marcus Domingos, no cultivo de hortaliças, a Rivulis oferece a possibilidade de usar aspersão, microaspersão ou gotejamento atendendo diversos sistemas produtivos e quaisquer necessidades do produtor rural. “Mas pensando em cultivos protegidos, além das soluções citadas anteriormente, podemos ainda destacar os gotejadores externos e os sistemas de nebulização responsáveis por fornecer às plantas a condição ideal para o seu desenvolvimento e produção”, assinala ele.
Cultivo de Mirtilo
Domingos chama a atenção para uma cultura que está em expansão para outras regiões do País e onde a irrigação está tendo grande relevância no processo; o Mirtilo, uma fruta pequena e redonda que tem muitas sementes, que cresce em arbustos baixos e tem uma coloração azul pouco comum. No exterior é conhecida com Blueberry. O gerente relata que há alguns anos atrás, o mirtilo era uma cultura cultivada exclusivamente em regiões características de um clima mais ameno (preferencialmente frio) no sul e parte do sudeste brasileiro. Com o trabalho de vários centros de pesquisas globais e com o auxílio da EMBRAPA e centros de pesquisa federais, novas variedades tolerantes a um clima mais quente e úmido surgiram no mercado. “Hoje temos no mercado uma cultivar de mirtilo chamada Biloxi altamente produtiva e tolerante a climas menos temperados. Dessa maneira, o polo produtivo dessa cultura que antes era exclusivo ao sul do Brasil, expandiu para o centro oeste e nordeste brasileiro e vários produtores têm investido nessa cultura que antes era quase que exclusivamente importada. Não é possível mensurar ainda, no Brasil, o volume produzido e a área plantada, mas pode-se afirmar que há ainda um grande potencial para essa cultura no mercado brasileiro e para o uso da irrigação por gotejamento, já que nestas novas regiões, o regime de chuvas é diferenciado das área do sul e sudeste”, finaliza.